Não é fácil ser-se uma licenciada desempregada. Sim, o tempo livre é muito, é um facto, mas o tempo para pensar também é muito, o que, no caso de pessoas como eu, que pensam imenso (e nem sempre sobre coisas boas), não costuma ser positivo. A quantidade de coisas que me vem à cabeça são tantas que às vezes mais parece que ela vai explodir. Às vezes quase sou capaz de jurar que tenho um diabinho e um anjinho, um em cada ombro, (como nos filmes) a dizer-me cada um a sua coisa e o que eu devo ou não devo fazer.
É complicado sair da faculdade e deixar de ter uma rotina, pois ninguém nos prepara para a mudança abrupta que vai ocorrer nas nossas vidas, e tentar entrar no mercado de trabalho neste país é uma autêntica odisseia. Enviar currículos todos os dias torna-se uma rotina, tal como é uma rotina consultar todos os dias a caixa de email e constatar que continua vazia. Já para não falar no telemóvel que teima em não tocar. É frustrante sentir que as nossas habilitações não são valorizadas e que o tempo que passámos a estudar (que não é assim tão pouco) não nos serve de muito agora.
Oláa!Bem, vim aqui parar por causa do nome do teu blogue.A verdade é que me identifico com a maioria das coisas que aqui escreves.Também eu sou licenciada, também eu não tenho trabalho. Pelo que pude perceber a tua licenciatura é da minha área e sei que não é fácil.É frustrante não sermos valorizados, sentirmos que a nossa vida não anda. É assim também que me sinto por isso o que te posso dizer- e que provavelmente estás farta de ouvir- é para te dedicares a outras actividades para ocupar o tempo livre. Olha eu vou ao ginásio, estou a aprender um instrumento musical...Boa sorte e força.
ResponderEliminarMaria F.